A crise na Toyota
Em 15 de agosto de 1945, quando o imperador do Japão anunciou pelo radio a rendição de seu país, a Toyota tinha menos de 10 anosFundadores da Toyota de experiência na construção de automóveis e caminhões. Exatamente 24 horas antes de a guerra terminar oficialmente, um B-29 norte-americano surgiu nos céus de Nagoya, na região onde ficava a Toyota. A primeira e a segunda bombas erraram o alvo, mas a terceira destruiu metade da linha de montagem da fábrica.
A área logo foi reconstruída e novas instalações foram inauguradas, oferecendo um recomeço aos veteranos da guerra. Por volta de 1949, às fabricas da Toyota podiam produzir 1400 veículos por mês, mas as vendas se arrastavam. A empresa tinha problemas com inadimplência de clientes e foi preciso planejar demissões em massa. O sindicato reagiu com uma greve e, como consequência, a maior parte do conselho diretor renunciou. Uma nova diretoria foi empossada e a empresa se concentrou em lançar novos veículos.
Querendo acelerar a reconstrução da indústria japonesa, o general Douglas MacArthur encarregou o Dr Edward Deming de orientar a alta gerencia da empresa a adotar princípios de gerenciamento mais atualizados. Os engenheiros e administradores da Toyota aprenderam que dar ordens e oferecer recompensas e punições era muito menos eficiente do que liderar e apoiar os operários em um esforço ininterrupto para melhorar a qualidade. Em 1955, a Toyota lançou o Crown, o primeiro automóvel totalmente fabricado no Japão.
Doze anos após o fim da guerra, dois Crowns foram enviados de Yokohama para Los Angeles, e a Miss Japão posou para fotos ao lado deles. Repórteres se apressaram em comentar o evento e revendedores otimistas – que batizaram o estranho carro de “bebê Cadillac” – previram vendas anuais de 10 mil veículos. Mas o Crown não atendeu as exigências do mercado norte-americano e, com mais e mais problemas técnicos surgindo, a Toyota suspendeu a exportação daquele modelo para os Estados Unidos. Visando contentar os revendedores, a empresa concentrou suas operações no Land Cruiser 4×4, até lançar o excepcionalmente bem sucedido Corona. Por volta de 1971, a Toyota já era a terceira maior fabricante de carros do mundo. Em 1986, começou a produzir nos Estados Unidos e, em 2001 atingiu a marca de mais de 1,1 milhão de veículos fabricados lá. Nessa época, a empresa contava com 32.500 funcionários e 500 fornecedores norte-americanos.
Qual é o segredo da perseverante Toyota para superar condições adversas? Os membros da alta diretoria da empresa têm uma visão responsável do futuro, sem deixar que seus egos atrapalhem a ideia de aprimoramento constante. Ao adotar as orientações do Dr. Deming quanto à necessidade de os administradores analisarem os processos que integram o sistema e conseguirem o apoio dos trabalhadores, a Toyota entendeu que os gerentes devem deixar de lado seus egos para trazer á tona ideias que levem ao aperfeiçoamento.
Em ultima analise, o progresso demanda uma profusão de ideias, não um aglomerado de egos. Os altos executivos da Toyota não se vangloriam dos patamares atingidos por sua empresa. Em vez de se apegarem à distancia já percorrida, se dedicam a planejar os próximos grandes passos, visualizando aonde poderão chegar.
Artigo motivacional
Fonte: http://www.oisbrasil.com.br/pt/extranet/artigos/form_adicionar.php